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Para reviver um pouquinho do Centro visto pelos seus personagens.

06/12/2025 ºC, São Paulo

Ponto Histórico:

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Negócio abençoado

Religiosidade é quase tudo na vida de Maria Dolores Garcia Reina. Não só porque, como a maioria dos seus conterrâneos espanhóis, ela é católica. Mas, principalmente, porque foi casada com um ex-seminarista, teve um irmão padre e da união de forças entre eles nasceu as lojas Arte Sacra Renovação, que hoje estão sob seus cuidados.

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Pastel secular

Quem nunca encostou em um balcão pra comer um pastel no meio do dia não sabe o que é ser paulista. Quente, sequinho e bem recheado, é a estrela das feiras-livres, dos botecos e das praças de toda a cidade. Verdadeira mania entre os paulistanos, a guloseima surgiu despretensiosa, como uma versão brasileira do rolinho-primavera feito pelos chineses que chegaram ao país e tiveram de adaptar suas técnicas à matéria-prima disponível.

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A santa mais antiga de Sampa

<foto2>O nome, Santa Tereza, foi emprestado da rua onde tudo começou, em 1872. Na década de 1940, foi transferida para a Praça João Mendes, atrás da Catedral da Sé – onde resiste ao tempo e mantém vivas tradições gastronômicas seculares, como a canja de galinha e a coxa-creme.

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Noiva de Castro Alves vaga pela Sé

<i>“Para chorar as dores pequenas,<br>Deus criou a afeição.<br>Para chorar a humanidade - a poesia.”</i><br><b>Antonio Frederico de Castro Alves, o Cecéu</b>

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Sebo não é nojento!

<i>Por Matheus Pacheco de Andrade</i>

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Os anjos dizem “amém”

O Centro de Sampa ganhará mais um museu: a Catedral da Sé. “Acabamos de decidir. Tem várias salas na Catedral que podem ser ocupadas para isso. Mas ainda não está definido em quais dos ambientes possíveis será instalado”, conta Monsenhor Arnaldo Beltrami, Vigário Episcopal de Comunicação.

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Desembarque na nova estação!

<foto1>Contando 23 anos de idas diárias ao Centro, Antônia Sotério lembra que “quando vinha pra cá nos primeiros anos nem tinha a Estação Sé. Eu descia na São Bento e tinha que andar um bom pedaço”. Depois de cerca de dois anos trabalhando na região, Antônia acompanhou o término das obras do metrô. “Estava tudo cheio de buraco. Acho que inauguraram com tudo ainda meio construindo”, opina. <br><br> O ponto de metrô na Sé, na opinião dela, é estratégico até mesmo para o funcionamento do trem. De acordo com ela, a estação ajudou bastante porque o percurso entre a parada na Liberdade e a de São Bento é distante e atravessa uma ladeira. “Dava pra sentir o trem subindo essa parte”, conta.

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Catedral da Sé

<foto1>Em 1913, deu-se início à construção da Catedral como é hoje, elaborada pelo alemão Maximilian Emil Hehl, professor de Arquitetura da Escola Politécnica. O templo foi inaugurado em 25 de janeiro de1954, na comemoração do 4º Centenário da cidade de São Paulo, ainda sem as duas torres principais.<br><br>A cidade de São Paulo foi construída e destruída três vezes em menos de um século. A história de como se chegou à atual Catedral da Sé –-fundada em 1554 – demonstra bem isso. A Igreja foi instalada ali em 1591, quando o cacique Tibiriçá escolheu o terreno onde seria o primeiro templo da cidade construído em taipa de pilão (parede feita de barro e palha socados estruturados em toras).

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Um guia de fé

<foto2>Entrar na Catedral da Sé pode render bem mais que os sermões dos padres. Afinal “a cripta toda de bronze, que fica de baixo da capela-mor, tem 619 m² com sete metros de altura, lá estão enterrados os 16 bispos que já trabalharam na catedral, o Regente Feijó e o cacique Tibiriçá. O órgão, com cerca de 10 mil tubos, cinco teclados, cada um com 60 teclas, além dos 32 pedais, está no Guiness Book. Ele fica atrás das pilastras do altar-mor. Próximas do teto, todas as pilastras são ornamentadas por diferentes esculturas em alto-relevo das riquezas da fauna e flora do Brasil: cacau, café etc”. Esta é uma pequena amostra das informações que, numa tacada só –-sem um minuto de pausa para tomar fôlego-–, recebemos de Domiciano Alves, guarda que trabalha na proteção do interior da igreja.

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Chuva de Mel

Cerca de três anos depois da retirada dos camelôs da Praça da Sé, uma barraca montada bem próxima ao posto de guarda chama a atenção. “Estamos fazendo a Campanha do Mel. Somos quatro produtores de Santa Catarina, temos uma associação onde o mel é embalado. Nos meses de inverno costumamos passar por algumas cidades do Estado de São Paulo vendendo nosso produto”, explica Fernando Becker. Vindo de Lajes (SC), ele conta que a concorrência em Santa Catarina é muito grande, por isso a campanha é feita mais para o Sul do país. “Temos autorização da Semab (Secretaria Municipal de Abastecimento de São Paulo) para ficar com a banca aqui”, completa. O ponto, aliás, é interessante, afinal cerca de 1,5 milhão de pessoas passam diariamente pela Praça.

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Praça da Sé

<foto1>O Largo da Sé data do início da formação da cidade. Em 1911 e 1912, as Igrejas de São Pedro e da Sé foram demolidas para que o tamanho da praça fosse quintuplicado. Essa transformação ocorreu ao mesmo tempo em que ruas eram alargadas e as redes de luz e água eram instaladas, mudanças típicas do período de expansão de São Paulo durante o início da República.<br><br>A Praça sempre existiu para comportar o templo. Por isso mesmo o local sempre foi bastante agitado. A Catedral atraiu –-e ainda atrai-– grande número de pessoas não só para as missas, mas também por ser o ponto de concentração das saídas e chegas de procissões.