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Para reviver um pouquinho do Centro visto pelos seus personagens.

06/12/2025 25.35 ºC, São Paulo

Os anjos dizem “amém”

O Centro de Sampa ganhará mais um museu: a Catedral da Sé. “Acabamos de decidir. Tem várias salas na Catedral que podem ser ocupadas para isso. Mas ainda não está definido em quais dos ambientes possíveis será instalado”, conta Monsenhor Arnaldo Beltrami, Vigário Episcopal de Comunicação.

Em julho deste ano, a Catedral foi interditada pelo Contru (Departamento de Controle do Uso de Imóveis) por apresentar risco de deslocamento - e até desabamento - da cúpula central. Para dar início às reformas, as plantas originais da Catedral tiveram que ser desenterradas dos arquivos da cúria paulistana. Junto com os projetos do arquiteto Maximiliano Hell, desenhados em 1912, foram encontrados também fotos da obra, documentos e peças de arte sacra. “Temos quatro andares de materiais para serem catalogados. Já contratamos um grupo de museologia para tocar o trabalho. Mas ainda pode levar muitos anos para ficar tudo pronto”, adianta Mosenhor Beltrami. Ele ainda brinca: “Se você quiser ir lá pra ajudar, serviço é o que não falta”. “Contar a história da Sé é como contar a história de São Paulo”, afirma ele. Foi o cacique Tibiriçá que definiu o local da igreja, quando São Paulo nem era cidade ainda. No século XVIII, quando São Paulo se tornou diocese, foi construída uma nova matriz com interferência do Estado. Depois, quando foi elevada a arquidiocese, as senhoras católicas e a iniciativa privada iniciaram as obras da Catedral como é hoje. Isso foi na época em que o Brasil deixou de ser colonial (no início do século XIX). A previsão é de que a Sé seja reaberta somente em meados de 2001 para retomar as missas, após serem realizadas as obras mais urgentes. A reforma mesmo só deverá ser finalizada em 2003 e, pelos cálculos da empresa responsável pelas obras – a Concrejato – os gastos somarão cerca de R$ 16,7 milhões. Além da igreja sofrer com cupins, problemas elétricos e rachaduras, os espaços reservados para 14 torrões (torres menores das laterais) permitem constante infiltração de água pelas paredes. Essas torres e os peitoris do telhado devem ser construídos somente agora, quase 90 anos depois da construção da matriz. (06/12/2000)

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