Sites, livros e filmes interessantes sobre o Centro de São Paulo

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sites - livros - filmes
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Clicando em "Institucional" é possível obter informações sobre a fundação do Banco e sua História. www.prodam.sp.gov.br/semab/mercados/mercadopaulist.htm
A seção "Índice" traz os nomes dos boxes e seus respectivos telefones, divididos por categorias.www.mosteiro.org.br
A proposta é uma visita virtual ao Mosteiro de São Bento. Traz também a história do mosteiro e do Colégio São Bento.www.osesp.art.br
Site oficial da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo. Fotos dos músico e respectivos e-mails. Traz um mapa detalhado da Sala São Paulo. Versões em português e inglês. www.prediomartinelli.com.br
O link "Segurança" traz curiosidades e algumas fotos interessantes do Edifício. www.prodam.sp.gov.br
Site oficial da Biblioteca Mário de Andrade. Na home, pode-se acessar as outras bibliotecas públicas do Estado de São Paulowww.uol.com.br/pinasp
Site oficial da Pinacoteca do Estado, no qual é possível visitar exposições antigas online ou localizar algumas obras do acervo do museu***************************************************
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***************************************************LIVROS
Anhangabahú
Autor: Benedito Toledo de Lima
Federação das Indústrias do Estado de São Paulo
São Paulo, 1989
"Seu objetivo foi produzir uma obra em que a cidade falasse livremente. A cidade é tão cheia de significado, que se exprime por si mesma." Na própria descrição de seu livro, Toledo de Lima já expressa o objetivo de sua obra. Voltando ao tempo em que não havia fotografias e estas eram substituídas pelas aquarelas, ele fala sobre a formação das "águas do mao espírito", o Vale do Anhangabaú.
O livro chega a miudezas engraçadas como o dinheiro gasto na importação dos arcos do Viaduto Santa Ifigênia e o tempo pedido para a devolução do empréstimo feito pela Prefeitura de Affonso Arinos de Mello Franco. Além disso, destaque para a coleção de cartões-postais e a garimpagem de fotos antigas de boa qualidade como o estudo fotográfico do Largo da Memória, no Vale do Anhangabaú, e as esculturas do jardim, com suas origens cuidadosamente pormenorizadas. E conclui: "Sabemos que, assim como os homens produzem as cidades, as cidades produzem os homens. Nesse prisma, o leitor, que já é ator e espectador, torna-se intérprete ou, até, cúmplice, se preferir".Álbum de Photographias do Estado de São Paulo/1892 – Estudo Crítico
Autor: Boris Kossoy
Livraria Kosmos Editora
São Paulo, 1984
Boris Kossoy fez uma profunda pesquisa fotográfica de como era o Centro de São Paulo antes da industrialização e as consequências da chegada do dinheiro proveniente da venda do café. São imagens tiradas de vários pontos de São Paulo desde o ano de 1900 por Guilherme Gaensly (que, ao lado de Militão Augusto de Azevedo, compôs o panorama da sociedade paulista no início do século). As imagens vão desde a construção da Estação da Luz e da Pinacoteca até o salto do número de habitantes da cidade e a mudança dos costumes com a chegada dos imigrantes.Arca sem Noé – Histórias do Edifício Copan
Autora: Regina Rheda
1a edição (esgotada): Editora Paulicéia, São Paulo, 1994
2a edicão: Editora Booklink, Rio, 2002 (à venda nos formatos: papel e digital)
Nos oitos contos que compõem o livro Arca sem Noé, a autora e antiga moradora do Edifício Copan Regina Rheda, criou seus personagens inspirados na vizinhança do lendário prédio projetado por Oscar Niemeyer. A escritora deu força e beleza a histórias triviais vividas no coração de São Paulo, abusando na ousadia e no humor para descrever as particularidades de cada um dos casos.As Curvas do Tempo – Memórias
Autor: Oscar Niemeyer
Editora Revan
Rio de Janeiro, 1998
Esta autobiografia de Oscar Niemeyer, autor do projeto original do Edifício Copan, presenteia o leitor com ilustrações de projetos famosos do arquiteto e cenas do cotidiano do Rio de Janeiro. Na seção de fotos é possível ver familiares e personalidades conhecidas do autor, como Fidel Castro e Jean-Paul Sartre.Caderno Cidade de São Paulo
Instituto Cultural Itaú
São Paulo, 1994/1995
Coleção que trata da história de pontos importantes do Centro, como Largo São Bento, Viaduto Santa Ifigênia e Praça da República. Interessante para quem está atrás de informações rápidas e curiosidades.Casas Paulistas - Fragmentos de uma Utopia Urbana
Autor: Iatã Cannabrava
Formarte
São Paulo, 2001
O fotógrafo Iatã Cannabrava retrata as "Casas Paulistas" de uma forma mais inusitada: os resquícios e experiências de diversos projetos arquitetônicos da cidade de São Paulo. As imagens vão desde edifícios consagrados, como o Copan e o Martinelli, até "palacetes tropicais", como a casa do arquiteto Ramos de Azevedo e o palácio dos Campos Elíseos. Em cores ou em preto-e-branco, ele faz um belo registro geral e em detalhes do atual estado das casas de nossa megalópole. Destaque para os textos de introdução a cada capítulo e uma imagem que mostra o interior dos apartamentos do Edifício Copan. O patrocínio é da Dedalus Sistemas pela Lei Rouanet.Centro Velho de São Paulo
Autor: Rogério Ribeiro da Luz
Massao Ohno Editor
São Paulo, 1999
Rogério Ribeiro da Luz consegue alcançar com Centro Velho de São Paulo a união entre a pesquisa histórica e o prazer de conhecer a região com gosto de passeio pelo passado. O obra revela curiosidades e informações preciosas sobre fatos, lugares e protagonistas que ajudaram a construir parte da memória sobre o velho Centro da capital paulista.
Folha Explica São PauloAutora: Raquel Rolnik
Publifolha (88 págs.)
São Paulo, 2001
A arquiteta urbanista Raquel Rolnik fez um levantamento sobre a cidade de São Paulo vista como filha do caos e do crescimento desordenado. O livro, em versão de bolso e compacta, traz dados sobre a população e os problemas da capital paulistana, como o surgimento dos aglomerados habitacionais e das conurbações e o agravamento da poluição e do trânsito urbano. Obra de leitura rápida e de fácil assimilação, mesmo para público leigo.Guia Lazer São Paulo 2000
Prefeitura de São Paulo
São Paulo, 2000
Os guias da cidade impressos pela Prefeitura de São Paulo para a divulgação de pontos turísticos contêm muitas informações interessantes, como se o visitante estivesse realmente ao lado de um expert passeando por aquela região. Embora reeditados anualmente, alguns dados estão desatualizados por causa constantes mudanças e reformas na região. Bom como ponto de partida e para descobrir curiosidades.História da Biblioteca Pública Municipal Mário de Andrade
Autor: Herman José Reipert
Editora: Secretaria de
Educação e Cultura: Departamento de Cultura
São Paulo, 1971 Muito voltado à própria instituição, conta de maneira confusa a sua criação, misturando datas e nomes de referência. Quem usar como primeira leitura se sentirá perdido e não compreenderá como se deu essa fundação. Quem já está familiarizado com a fundação da biblioteca pode usar alguns dos dados. Não serve como leitura fundamental.
Autores: Carlos Cornejo e João Emilio Gerodetti
Studio Flash Produções Gráficas
São Paulo, 1999
Uma São Paulo bem diferente de hoje em dia. Por meio de cartões-postais e retratos feitos por fotógrafos de praças e jardins (verdadeiros fragmentos de História e muitas vezes pequenas obras de arte), os autores mostram uma cidade promissora e cheia de encantos, agitada pela passagem do Zeppelin, maravilhada com o surgimento dos arranha-céus.
"A cidade de São Paulo, materialização da energia e tenacidade de seus habitantes, reflete também suas mudança de mentalidade, delírios de grandeza, ambições e sentimentos. É o substrato físico em que gerações de paulistanos deixaram sua marca indelével na configuração das ruas e na arquitetura das casas, templos e palácios", escreveu o jornalista chileno Carlos Cornejo, que adotou São Paulo como moradia permanente desde 1986.
Além de contar a história dos cartões-postais em SP, o livro reconstrói a história da cidade a partir de seus pontos originários, como o Pátio do Colégio e a Praça da Sé, passando pelos bairros industriais e operários, pelas igrejas, hospitais, estações ferroviárias, mercados e jardins. É possível ver também cenas do cotidiano na época em que os automóveis, bondes e ônibus eram ainda hóspedes das ruas e as emocionantes imagens de São Paulo antiga à noite. Metrópole em Sinfonia - História, Cultura e Música Popular na São Paulo dos Anos 30
Autor: José Geraldo Vinci de Moraes
Estação Liberdade
São Paulo, 2001
No livro, originalmente uma tese de doutorado na área de história social da USP, o professor inverte o título do filme "São Paulo, Sinfonia da Metrópole" (1929), de Rudolf Rex Lustig e Adalberto Kemeny, para falar da formação musical da cidade nos anos de 20 e 30. A obra tem um esforço de contextualização histórica, com a interferência do fator social e da metropolização na cultura, e de ambientação da época auge do rádio e dos cafés-concerto do início do século. Uma frase, logo no começo do livro, resume a São Paulo de então e a dos dias de hoje: "Não existe São Paulo tal como é. Nós somos um perpétuo vir a ser. É o meio de fazer reconhecer, no que será, o que já foi", como disse Antonio de Alcântara Machado, cronista da década de 30.
De brinde, deixamos um versinho bem característico do sambinha paulistano da época, da moda "Iracema", de Adoniran Barbosa, gravada pela primeira vez em 1956 pelo grupo Demônios da Garoa:
"(...) Iracema, eu sempre te disse
Cuidado ao travessar essas ruas
Eu falava, mas você não escutava não
Iracema, você travessô contramão (...)
Você travessô a Rua São João, logo a São João
Veio um carro, te pega, te pincha no chão
Você foi pra assistência
O chofer não teve culpa
Iracema, você travessô na contramão
Paciência."Museus Pinacoteca do Estado São Paulo
Coleção de Museus Brasileiros
Editora: Funarte
Rio de Janeiro, 1982
Este é um bom exemplo cronológico que mostra como a Pinacoteca foi criada, além de comentar a interferência da passagem de cada diretor pelo prédio. Nada como um livro específico para obter informações mais pontuais sobre um determinado ponto histórico. Além disso, este livro da Coleção de Museus Brasileiros conta com um extenso catálogo de obras adquiridas e relacionadas com o museu assim como uma pequena biografia da peça e de seu autor.Nos Bares da Vida
Autora: Lúcia Helena Gama
Editora Senac
São Paulo, 1999
Lúcia Helena Gama fala das influências nos costumes partindo da instalação de alguns bares nos anos 40 e 50 desta São Paulo em burburinho e em plena formação. Alguns comentários já valem todo o livro, como as conversas entre os jornalistas nas cafeterias do Centro e um pequeno trecho que destacamos abaixo por ter sido usado como um dos pontos de partida para a idealização do Sampacentro: "Quando, de posse de uma lupa, tentamos decifrar um detalhe de um grande mapa, temos a imediata consciência de que, naquele momento, perdemos a dimensão do todo. Mas a ampliação desse pequeno traçado pode nos revelar articulações impossíveis de notar em escala ampla. (...) Impressionisticamente, queremos acreditar que o detalhe que nos saltou aos olhos traduz exatamente o todo que não pretendemos abarcar".O Último Mamífero do Martinelli
Autor: Marcos Rey
Editora Ática
São Paulo, 1994
Durante a repressão do governo militar, um homem refugia-se em um dos mais de mil aposentos do Edifício Martinelli, que se encontra interditado para refoma. Com o tempo, sua estadia no prédio deixa de ser uma questão de sobrevivência para se tornar uma aventura interessante: o "invasor" passa a reconstruir as histórias dos antigos moradores a partir de objetos esquecidos nos apartamentos -- e acaba por fundir imaginação e realidade. Parque da Luz: Conheça o Verde
Prefeitura Municipal, Centro de Pesquisas de História Natural, Depave, CPHN
São Paulo, 1986
Da série "Conheça o Verde", tem mapas muito bem feitos, com a disposição de cada tipo de planta e árvore do local, além de detalhes técnicos do local, como área e espaço construído. Traz também uma breve contextualização histórica do parque, mas falta atualização para este roteiro botânico editado em 1986. Nada fala, por exemplo, do intenso e demorado projeto de revitalização da região. Serve como primeira –-mas não única-— leitura para conhecimento do parque.Quem Conta a História do Bixiga
Autora: Nazareth Moreaux
Pajgraf Gráfica e Copiadora
São Paulo, 2001
O tão querido e típico bairro do Bixiga ganha um livro para contar suas histórias e as impressões dos moradores locais. Tem gente famosa falando de suas passagens pela região, as festas tradicionais (da Achiropita e os blocos carnavalescos), a revitalização do bairro, os museus e casarões antigos. A parte mais interessante é a que fala da origem do nome Bixiga, em que a autora bate o pé na grafia com "i", por se tratar de "um estado de espírito" e não de limites geográficos. Para quem quer saber do surgimento do bairro rende como curiosidade. Mas a falta de uma revisão e a pobreza da diagramação comprometem a leitura. Vale mais a pena visitar o Museu do Bixiga, criado por Armando Puglisi (Rua dos Ingleses, 118, Bela Vista, região central, tel. 0/xx/11/285-5009. Qua. a dom.: 14h às 17h). Entrada franca. Site: www.bixiga.com.br.Ruas e Tradições de São Paulo
Autor: Gabriel Marques
Conselho Estadual de Cultura de São Paulo
São Paulo, 1966
Se você quer conhecer a São Paulo em plena transformação, a formação das ruas e as tradições de cada bairro, este é o livro ideal. Contém desde daquelas histórias esmiuçadas que só poderiam ter saído da boca dos próprios moradores daquele tempo, até rixas históricas e lendas que aterrorizaram os primeiros moradores da cidade no início do século. É como um livro de mitos regionais, mas a área enfocada é a nossa São Paulo. Destaque para a história da Ilha dos Amores, na Praça da Luz. Daria um ótimo melodrama.São Paulo
Autor: Cristiano Mascaro
Senac
São Paulo, 2000
O fotografado aqui é o Estado de São Paulo, mas nem por isso o conjunto da obra perde o seu peso. Cristiano Mascaro usa as imagens de cada cidade, interior e capital, em oposição. São contrastes entre dois focos de luz, duas ações, dois personagens inspirados --e expirados-- pelas lentes deste fotógrafo. À la Sebastião Salgado, ele volta às origens fazendo uso da imagem em preto-e-branco para criar um conto imaginário em cada foto. Não há indicações precisas de legendas para as cenas, apenas uma sugestão de lugar, para que o espectador vislumbre --ou invente-- o resto. De brinde, ainda se ganha um imperdível prefácio de Ignácio de Loyola Brandão.São Paulo Através da Minissérie “Um Só Coração”
Autora: Valentina Nunes
Editora: Globo
São Paulo, 2004
A editora conta a história de São Paulo a partir dos olhos da minissérie exibida pela Rede Globo. O livro até que vai bem, abrangendo desde a fundação da cidade até as comemorações dos 450 anos, mas o simplismo de alguns personagens e o auto-elogio à Globo comprometem o resultado final.
São Paulo – Brasil
Texto: Sérgio Sister e Cláudio Cerri
Fotos: Ary Diesendruck
Editora Callis
São Paulo, 1993
Trazendo fantásticas fotos do Centro da cidade, muitas delas feitas à noite, o livro faz um traçado da modernidade no Brasil a partir de São Paulo. É possível obter muitos dados referentes ao crescimento populacional e à economia, sem que para isso sejam deixados de lado comentários a respeito de sua gente: descendentes de portugueses, italianos, africanos, espanhóis, árabes, judeus, alemães, japoneses, armênios... No capítulo "Em permanente mudança", o Centro Velho é destaque: "Afinal, o cenário atual é resultado da mesma aventura urbana iniciada em 1554, a partir de uma colina, onde nasceu a cidade, e de onde se avista o Vale do Anhangabaú (...)".São Paulo - Traços Urbanos
Autora: Teresa Saraiva
Trends
São Paulo, 2003
A arquiteta e artista plástica Teresa Saraiva reúne grafismos e desenhos explorando vistas de São Paulo e pontos históricos da cidade. Com textos supercurtos contextualizando cada lugar e um pequeno mapa para localizá-lo, Saraiva faz uma visão cheia de riscos de uma cidade que não pára.São Paulo: Três Cidades em um Século
Autor: Benedito Toledo de Lima
Editora Duas Cidades
São Paulo, 1983
Benedito Toledo de Lima considera "a cidade de São Paulo como um imenso pergaminho cuja escrita é raspada de tempos em tempos, para receber outra nova, de qualidade literária inferior, no geral". E sentencia o destino de São Paulo: "É uma cidade capaz de gerar um parque como o Anhangabaú para destruí-lo em poucas décadas, e sem necessidade, apenas por imediatismo e imprevidência". Nesta obra, o autor se volta para como foi construído cada ponto histórico da cidade, relatando a época e justificando os motivos que os tornaram realmente fundamentais. Toledo de Lima vê a destruição do modo de vida antigo da cidade como necessidade, mas, como urbanista, não concorda que a escolha feita tenha sido a única opção plausível. Boa fonte para datas de referência (fundação, reformas e alterações paisagísticas) com ótima contextualização.São Paulo por Dentro
Autor: Carlos Perrone
Editora Senac
São Paulo, 2000
Lançado pela editora Senac, o livro faz uma seleção de edificações com arquitetura do século 20. Ao todo, estão fotografados 69 prédios com área delimitada entre o Centro da cidade e o encontro dos rios Pinheiros e Tietê. Entre os edifícios em destaque, estão Teatro Municipal, Martinelli, Banespa, Biblioteca Municipal, Mercado Central, Estação da Luz e Pinacoteca. O guia contém mapas, espaços, textos informativos e fotos, mas se perde um pouco na diagramação pesada e no subaproveitamento das fotos. Bom para o estudo da arquitetura deste século.
Autor: Claude Lévi-Strauss
Organizador: Ricardo Mendes
Companhia das Letras
São Paulo, 1996
O olhar arguto do antropólogo Lévi-Strauss captou, nos anos 30 -- época em que São Paulo colecionava seu primeiro milhão de habitantes e a USP era recém inaugurada -- cenas marcantes do Centro: o Edifício Martinelli no final das obras e o Carnaval na avenida São João, o Vale do Anhangabaú e ruas que morriam para que outras pudessem surgir. A aventura fotográfica termina onde tudo começou: na estrada de Santos.Se Essa Rua Fosse Minha
Autora: Cacilda Decoussau Affonso Ferreira
A Girafa
São Paulo, 2004
Comentarista da Rádio Eldorado AM 700, a autora verte para as letras seu programa diário “Ruas & Avenidas”, que faz crônicas sobre as ruas de São Paulo. Baseia-se muito na bibliografia já existente sobre a origem dos nomes das ruas, pouco acrescentando a quem acompanha os lançamentos e pesquisas nessa área. Contudo, a um iniciante, serve como curiosidade.Um Olhar sobre a Cidade: O Centro de São Paulo
Editora: BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros)
São Paulo,1996
O livro começa com uma boa, embora genérica, visão da formação da cidade de São Paulo. Mas seu maior mérito não é histórico, mas sim a edição de fotos, baseadas em arquivos de jornais e revistas que agrega outras imagens feitas por encomenda por fotógrafos de respeito do meio artístico. Ao final, há um índice fotográfico para quem estiver interessado apenas em um ponto específico, embora valha a pena gastar um bom tempo saboreando cada página, com breves comentários dos retratos. Não deixe de ver a "Nossa Casa" (Edifício Copan) pelos olhos de Jean Solari na página 26.Villa Kyrial – Crônica da Belle Époque Paulistana
Autora: Marcia Camargos
Editora: Senac
Como conta ao final de sua obra, Marcia Camargos transformou um relato jornalístico em tese de doutorado e, depois, em livro. Sua pesquisa se baseou em documentos, cartas, acervos e depoimentos de familiares que, segundo ela, "passaram horas seguidas desfiando histórias saborosas, abrindo sem restrição um incrível baú de recordações". O alvo de seu projeto foi a vida e o legado de José de Freitas Valle (1870-1958), mecenas cultural e político de grande projeção na São Paulo do início do século. Foi criador da Villa Kyrial, na Vila Mariana, em 1904, espaço de discussão e fomento da arte. O "Príncipe do Simbolismo" revelou suas facetas para cada veia artística por meio de pseudônimos. Assim Freval era o perfumista, criador de colônias exóticas. Jacques D’Avray era o poeta autor de tragipoemas musicados e apresentados em palcos importantes como o Teatro Municipal de São Paulo e do Rio. Jean Jean era o maître e gourmet, que misturava iguarias brasileiras aos pratos europeus. Assim, a autora esquadrinha a cultura paulistana e brasileira do começo do século, passando pela Semana de Arte Moderna de 22 e pela Revolução de 30. Longe de ser relatorial burocrático, traz cartas saborosas que ilustram o pensamento patriarcal de então e aproxima o leitor do objeto retratado com charges, partituras e programas dos saraus literários. É uma viagem que vale a pena!***************************************************sites - livros - filmes
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João Pacífico - O Caipira de São Paulo
Produção: Brasil, 2002
Direção: Paulo Weidebach
"Nasceu em 1909, debaixo de um pé de café", como deve ser um bom caipira, diz a locução de Lima Duarte. É assim que começa o documentário sobre este grande compositor de música caipira paulista. Depoimentos e interpretações de discípulos como Passoca, Mônica Salmaso e Pena Branca e de amigos como Jair Rodrigues e Inezita Barroso compõem o retrato das principais músicas criadas por Pacífico. "Música caipira é que nem mortadela: todo mundo gosta, mas tem vergonha de comer na frente dos outros", arremata o violeiro Paulo Freire.Metro - A Metrópole em Você
Produção: Brasil, 2001
Direção: Raquel Couto
Uma pena vermelha sobrevoa a cidade de São Paulo, lançada do alto de um edíficio. Conforme ela vai caindo, vão aparecendo alguns de seus personagens: um famoso arquiteto - Paulo Mendes da Rocha -, um taxista, uma família de skatistas. A pena viaja pela grandeza do Minhocão, Viaduto do Chá, Edifício Martinelli, como se tivesse dando uma longa panorâmica em grande-angular. O resultado deste projeto do CCBB é que a pequenez da pena contrasta com a gigantude da capital, sempre em transformação. Afinal, "para lá da cidade, continua sendo a cidade", como narra Dira Paes.Oscar Niemeyer: O Arquiteto do Século
Produção: Brasil/Bélgica, 1999/2000
Direção: Marc-Henri Wajnberg e Marcelo Gomes
Música: Toninho Ferragutti
Duração: 40 min
Documentário sobre a vida e a carreira do arquiteto Oscar Niemeyer, com 40 minutos de produção belgo-brasileira. O filme é dirigido por Marc-Henri Wajnberg e por Marcelo Gomes. Conta com depoimentos de amigos e personalidades, entre Ferreira Gullar, Chico Buarque, Paulo Coelho e Gilberto Gil _que faz uma declaração onomatopéica.
O vídeo analisa bem a obra de Niemeyer, menos pela falha de não conter menção ao Edifício Copan, embora tenha imagens do projeto dele em Belo Horizonte (Minas Gerais), que possui as mesmas linhas.O Galante Rei da Boca
Produção: Brasil, 2003
Direção: Alessandro Gamo e Luis Rocha Melo
Alessandro Gamo (“O Catedrático do Samba”) e Luis Rocha Melo traçam neste média-metragem a trajetória de Antonio Polo Galante, um dos mais ativos produtores cinematográficos dos anos 60 a 80, na Boca do Lixo. Conhecido como “produtor biônico”, A. P. Galante produziu de 56 filmes, entre cangaço, comédias eróticas, dramas psicológicos e bangue-bangues. A Boca investigada e relatada pela própria Boca resulta numa produção às vezes instigante e de bastidores, às vezes trash e perdida.Oscar Niemeyer - O Filho das Estrelas
Direção: Henri Raillard
Produção: Brasil, 2001
Atraído pela curva da natureza - "reta é coisa inventada pelo homem, que quer dividir as coisas" -, Oscar Niemeyer pautou toda a sua carreira pela beleza e pela singularidade. Defesor de uma arquitetura autoral, ele percorre neste documentário de Henri Raillard seu passado e carreira, indo dos áureos tempos de Brasília ao exílio na Europa e na África. Novamente, se desperdiça o personagem ao não comentar a criação do carioca em São Paulo, em projetos como a Oca, do parque Ibirapuera, e o Copan, na Avenida Ipiranga.São Paulo Sinfonia e Cacofonia
Produção: Brasil, 1995
Direção: Jean-Claude Bernardet
Com montagem de Maria Dora Mourão e direção de Jean-Claude Bernardet, o filme faz uma homenagem poética às produções que retrataram a cidade com fragmentos de cenas. Correndo no meio de uma avenida central num dia de chuva ou retratando uma criança de rua fumar, as imagens se confundem e se contrastam. O avesso inexiste, os desencontros se sucedem aos reencontros, não há pessoa completamente sozinha, apenas o sentimento de solidão. A música, de Livio Tragtenberg e Wilson Sukorski, dá unidade às sequências compiladas em meio à pergunta remanescente: "Onde fica o Centro?", será que ele realmente existe. "Tem de haver um Centro", e se não houver?Um Pouco a Mais, um Pouco a Menos
Produção: Brasil, 2001
Direção: Marcelo Masagão e Gustavo Steinberg
Talvez sua mão passe despercebida até por você mesmo(a). Ou você nem reconheça a sua casa. A trip em preto-e-branco e em 90 graus pela São Paulo desigual tem dessas (des)vantagens. Os dois diretores abrem o documentário de 17 minutos com os obsessivos e os que dormiram mal ontem à noite. O curta mostra a vida paranóica desta cidade em que os que não são paranóicos pelo excesso o são pela falta. Perguntas como o que é a cidade: "Reunião de desejos para a propagação de falhas - efeitos colaterais: satisfação de humanos" ou "Reunião de humanos para a propagação de desejos - efeitos colaterais: propagação de falhas" se misturam a uma imensidão de dados, nem sempre relacionáveis. É a luta contra a sistematização e a estatística vista sob um outro prisma. E adivinhe quem faz uma ponta? A Nossa Casa: o Copan, esplendoroso e retumbante, como sempre.Urbânia
Produção: Brasil, 2001
Direção: Flávio Frederico
Com: Adriano Stuart, Turíbio Ruiz
Misto de documentário, ficção e road movie, alterna depoimentos e a viagem de reconhecimento de um velho cego pela São Paulo onde viveu seus anos áureos. O ponto de partida é o ditado "na vida de todo mundo há uma viagem que muda tudo", embora o protagonista não queira mudar nada a essa altura. A abertura, com trilha de "Prova de Fogo", interpretada por Wanderléa, é um dos pontos altos do filme. São Paulo será o espelho desse desiludido, mas ainda assim apaixonado. A narração foi escrita por Ignácio de Loyola Brandão.***************************************************
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