TV, moda e Carmem Miranda

Sempre ouço o pessoal de 50 anos pra cima contando que, quando a TV veio para o Brasil, em 1950, só quem possuia maior poder aquisitivo tinha acesso ao aparelho. Então, os vizinhos reuniam-se à noite na casa dessas pessoas para verem ídolos como Agnaldo Rayol, Lolita e Ayrton Rodrigues, Blota Jr. e Tonia Carrero. Alguns daqueles artistas morreram, outros "sumiram" e há os que continuam na ativa. A exposição "Televisão 50 Anos", em cartaz no Conjunto Cultural da Caixa da Praça da Sé, resgata um pouco dos 50 anos de TV por meio de fotos, troféus, revistas e jornais antigos, filmadoras e aparelhos de TV, como a Philco de 1972, do primeiro lote de TV em cores que chegou ao Brasil. A mostra também conta com peças do figurino utilizado por artistas como Ayres Campos quando se transformava em Capitão Sete, Tonia Carrero na novela "Sangue do meu sangue" e o personagem Saracura. Por falar em figurino, a exposição "Moda 500 anos", no mesmo local, oferece um panorama da mudança dos vestuários desde a colonização - quando a inspiração vinha toda da Europa e sufocava quem estava nos trópicos - até a era da Internet, com sua variedade e tecidos sintéticos. Ao lado de cada manequim, há um quadro com a contextualização histórica, croquis e exemplares de tecidos utilizados nas criações. O Conjunto Cultural abriga ainda o Museu da Caixa, com móveis, objetos e fotografias que mostram a evolução dos bancos e do dinheiro, e a mostra permanente "No Tic Tac de Carmem Miranda", com fotos, roupas e até a partitura do maior sucesso da Pequena Notável, "Tico-Tico no Fubá". (15/11/2000) Serviço:
"Televisão 50 anos"
Até 30 de novembro
"Moda 500 anos
Até 15 de janeiro de 2001
"No Tic Tac de Carmem Miranda" e Museu da Caixa
Exposições permanentes
Sempre de segunda a sexta, das 10h às 16h
Conjunto Cultural da Caixa
Praça da Sé, 111, 3o e 4o andares, tel. 3107.0498
Entrada Franca
Próximo ao Metrô Sé