Ponto Histórico:
Sem lugar para Pierrôs e Colombinas
Eles deram uma fugida na hora do almoço da sexta-feira pra ir comprar fantasias para uma festa pré-Carnaval. No entra-e-sai das lojas da Ladeira Porto Geral, Regiany Bim Gurati voltou com uma roupa de Jennie É um Gênio, Osmar Luís da Silva comprou os trajes típicos de Fred Flintstone, Teresa Santos se encantou com uma peruca colorida e Danielle Suzuki levou máscaras para Os Irmãos Metralha – encomendas de outros amigos. Segundo os vendedores, os trajes mais vendidos neste ano são de árabe, mas pelo que eles encontraram nas lojas parece que todas as opções do catálogo de fantasias estão vendendo muito bem.
Pierrô do trânsito
<foto1>Uma pessoa no meio da rua em plena Ladeira Porto Geral, na região da 25 de Março, às vésperas do Carnaval. Seria um suicida? Não! Ele está devidamente uniformizado com um colete de listas fosforescentes. Luciano Paulo Joaquim,21 anos, trabalha para o estacionamento que fica numa travessinha da Ladeira. Ele fica ali bem no cruzamento para coordenar o trânsito. E que trânsito!!! "Aqui é a maior loucura todo dia. Fica pior na época de festas - no Carnaval e no Natal - porque a tendência é massificar", analisa ele. As calçadas, que já são tomadas constantemente pelos camelôs, não comportam a multidão que, no fim, invade as ruas e disputam espaço com os carros.
25 de Março
A Rua 25 de Março foi assim chamada por volta de 1865. Porém ela já existia bem antes dessa data, mas era conhecida por outros nomes. Seu nome é uma homenagem à primeira Constituição brasileira, promulgada pelo imperador D. Pedro I em 25 de março de 1824.
Shopping a céu aberto
Tecidos, bichinhos de pelúcia, paciência, peças para bijuterias, correria, tapetes, fitas para embalagens, hot dogs, aperto, lencinhos da Giuliana, sofrimento, cosméticos, ferramentas, descontração... A Rua 25 de Março tem hoje 3.000 lojas, onde se encontra de tudo um pouco, basta um bom sapato e muita, muita disposição.
Em vez de comprimidos, bijuterias
Para a maioria das pessoas que lá trabalham, a 25 de Março é uma obrigação, com maior ou menor nível de satisfação, mas não passa do dia-a-dia rotineiro. Para Neusa Anselmo Martins, é muito além disso: "Às vezes falo que a 25 pra mim foi um verdadeiro remédio, tem gente que ri e não acredita, mas é a verdade".
Diferenças e agitação
Tirando os calotes e os cheques sem fundo, Cacau não tem reclamações por trabalhar no Centro. Ele é dono do Lojão da Fortuna, estabelecimento que vende tecidos na Rua 25 de Março.