Para reviver um pouquinho do Centro visto pelos seus personagens.
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O lado indiano da 25
As sacoleiras da região sabem muito bem: há dois tipos de moda na 25 de Março. A primeira é a passageira, que dura mais ou menos até o fim da novela. Faça o teste: se você tem mais de 20 anos, vai lembrar de dezenas de “modinhas globais efêmeras”. É o lencinho da Giuliana (Ana Paula Arósio), a camisa do Flamel (Edson Celulari), a correntinha da Marina Batista (Adriana Esteves) e por aí vai... A onda agora é (o que mais?!) aquele misto de anel e pulseira de Jade (Giovanna Antonelli). Haja camelô pra tanta pulseirinha!
Já o outro tipo de moda é aquela que chega pra ficar de vez. Lógico que essa não fica concentrada em barraquinhas de ambulantes. Na 25, o melhor exemplo são os artigos importados da Índia e arredores. Para ter uma idéia, eles ocupam não duas ou três lojinhas na região, mas sim um prédio inteiro. Fica na altura do número 575 da própria 25 de Março e é freqüentada por gente de São Paulo –-cidade e Estado-– e também de outras regiões do país.
Silvia Barros tem uma loja de artesanato em Bauru, interior de São Paulo, e vem se “abastecer” na 25 cerca de uma vez por mês. “Desço a Ladeira (Porto Geral) e venho direto pra cá. Não preciso ficar batendo perna e encontro tudo o que quero pra minha loja”. A dica de Silvia é a Grand Bazar, no 9º andar. Lá, tudo prende a atenção e dá vontade de comprar. Dos vestidos indianos, beeem diferentes dos que se vêem por aí, a gatinhos de Bali que enfeitam e servem de porta-anéis.
A Grand Bazar, como as outras lojas do prédio, vende apenas por atacado. Mas isso não é motivo pra desânimo, já que elas exigem uma compra mínima de 50 reais. Valor que, aqui entre nós, não é nada difícil de gastar diante de tantas bijuterias, roupas, presentinhos e aqueles enfeites que a gente adora. Se mesmo assim achar muito dinheiro, leve uma amiga, a tia, o namorado... e deixe a Jade no chinelo! :)
(21/01/2002)