Para reviver um pouquinho do Centro visto pelos seus personagens.
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A 25 de Março é imbatível
Conflitos na Ponte da Amizade, a principal concorrente do comércio na região da Rua 25 de Março, estão causando boas expectativas no aumento das vendas no mais tradicional centro comercial de São Paulo. “Não se pode afirmar esse aumento com estatísticas, mas alguns comerciantes já começaram a notar um acréscimo nas vendas”, conta Elias George, diretor de marketing da União dos Lojistas da 25 de Março e Adjacências (Univinco).
A vantagem do comércio na região em relação Ciudad Del Leste, no Paraguai, é a segurança e a agilidade na hora de fazer a cotação de preços. Somente no piso térreo do edifício, onde funciona a galeria da 25 de Março, existem 300 lojas, além dos 2.700 estabelecimentos da sobreloja e as inúmeras barracas de ambulantes espalhadas pelas ruas.
Quem não está feliz com os bloqueios da Ponte da Amizade são os camelôs, que dependem em grande parte das mercadorias vindas do Paraguai. “O problema para quem trabalha com os produtos do Paraguai é que vai acabar tudo muito rápido e depois não temos mais como repor as mercadorias”, explica Adriano dos Santos, camelô na 25 de Março.
"A 25 será sempre o principal centro de compras do Brasil", disse Elias George. "A região já passou por muitos períodos de crise econômica, mas continua vendendo muito, e tem média hoje de R$ 10 bilhões ao ano”, contou. Afinal, quem resiste ao tripé: bom, bonito e barato? (06/10/2001)