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Para reviver um pouquinho do Centro visto pelos seus personagens.

06/12/2025 ºC, São Paulo

Ponto Histórico:

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Retratos de colecionador

<foto1>Você provavelmente deve ter visto muitas fotos e telas antigas de São Paulo (aqui mesmo no Sampacentro, inclusive). Mas se lembra de ver pinturas da gente comum da cidade de épocas remotas? Iconografia Paulistana do Século XIX é um livro especial exatamente porque reúne esses dois tipos de imagens e ainda fala de seus personagens assim como dos artistas que registraram aqueles momentos. Publicado pela BM&F - Bolsa de Mercadorias & Futuros, que tem sede no Centro da cidade, o livro é um presente pelo 444o. aniversário da cidade. E mesmo agora, cinco anos depois (no 449o. aniversário), vale ser lido e comemorado.

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Pegue uma carona com Santos Dumont

<foto1>Quem já se encantava com o mapa da seção <A HREF="/orientese">"Oriente-se"</A> do Sampacentro tem tudo para curtir o livro "Um pouco de São Paulo". A imperdível dobradinha <A HREF="/destaque">Gepp e Maia</A>, autora do livro, mostra 16 pontos-chave da cidade de São Paulo - a maioria no Centro - por meio de seu traçado peculiar. E o Sampacentro, que há tempos conta com os desenhos da dupla colorindo o site, agora retribui a ela com informações sobre os lugares do Centro que são apresentados na publicação.

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Páginas de Niemeyer

<foto1>Não é tarefa fácil decidir qual aspecto do livro <i>Oscar Niemeyer: Uma Lição de arquitetura</i> comentar primeiro. O autor Eduardo Corona, arquiteto e amigo pessoal de Niemeyer, foi impecável. Selecionou textos, cartas, frases, explicações de projetos e, logicamente, desenhos como quem escolhe um presente de aniversário para uma pessoa querida. Com uma linguagem clara e objetiva, Corona mostra o que significava a arquitetura para Niemeyer, fala de sua criatividade incomum e detalha sua obra. Explica os principais projetos do arquiteto, um a um. Nesse ponto, não houve surpresas. Como de costume, o Copan não ganhou um capítulo especial, nem uma página, nem mesmo uma breve citação.

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São Paulo S/A

<foto1>Produção: Brasil, 1965 Direção: Luís Sérgio Person Com Walmor Chagas, Eva Wilma, Otelo Zeloni e Ana Esmeralda Clássico do pré-Cinema Novo e marco da breve carreira de Person – morto aos 39 anos – a produção revela um empresário paulista (Chagas) do ramo de auto-peças que vive de forma opulenta e fútil. Ele percebe o vazio existencial de sua vida e abandona família e trabalho. Co-protagonista, a cidade de São Paulo é alguém de quem ele não consegue fugir, em especial o centro da cidade, nas ruas próximas da Anchieta. Um belo ensaio poético da vida em uma metrópole emergente. <i>(15/07/2001)</i>

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O nome é Sábado, mas pode chamar de Centro de São Paulo

Lembro de uma época em que cinema nacional era sinônimo de filme mal feito. Ainda hoje o orçamento continua restrito, mínimo se compararmos aos padrões hollywoodianos, mas a qualidade de nossas fitas atingiu um patamar infinitamente superior àqueles dias. Dias em que o áudio não falava com o vídeo. A falta de sincronicidade era uma constante no produto nacional visto na tela grande, criticado com razão.

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Nas curvas do Centro

<foto1><i>Não é o ângulo reto que me atrai<br>nem a linha reta, dura, inflexível, <br>criada pelo homem.<br>O que me atrai é a curva livre e sensual,<br>a curva que encontro nas montanhas<br>do meu país,<br>no curso sinuoso dos seus rios,<br>nas ondas do mar,<br>no corpo da mulher preferida.<br>De curvas é feito todo o universo,<br>o universo curvo de Einstein.</i>

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Entre e fique à vontade...

<foto1>O enroladinho de presunto e queijo era bom; o suco de morango com leite, supercremoso; o chocolate quente às vezes fervia demais, mas também era gostoso; já o café preto não era dos dez melhores... Mas quem se importava com isso? O que valia era estar lá, conviver com aquelas pessoas, deixar o lugar fazer parte da minha rotina. TYB é o nome do bar. Bem ao lado do <a href="/copan" target="_blank">Copan</a>, era ali que eu tomava, na maioria dos dias, o café da manhã. As mesinhas são do tipo em que uma pessoa senta, a outra senta em seguida, de modo que a primeira não consegue sair se a segunda não se levantar também. Os banquinhos do balcão são de fórmica, bem simplezinhos, mas mesmo assim te convidam a sentar e ficar olhando aquele monte de garrafas nas prateleiras no fundo do bar. Caninha, 51, Cynar, Velho Barreiro e por aí vai...

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Truco e amigo secreto

Pela enorme janela do 108 B mal coberta pela cortina colorida, um céu absurdamente azul. Era domingo, último dia de Copan. Um mês havia se passado desde o dia em que os instalamos no apartamento e estávamos todas vivas, sãs e salvas. Explico-me: antes de irmos para debaixo do mesmo teto, eu não acreditava que fôssemos capazes de viver trinta dias sem um quebra pau. Afinal, eram seis personalidades fortes espremidas em 26 m2.

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Centro acolhedor

Seis amigas do último ano de jornalismo resolveram se unir para fazer o trabalho de conclusão de curso. O entusiasmo contagiou o grupo quando uma delas lançou a idéia de morarem juntas durante um mês no Centro de São Paulo, o objeto de nosso projeto. A escolha do lugar foi unânime: todas sonhavam em morar no edifício Copan, aquele construído em forma de “esse” e projetado por Oscar Niemeyer.

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212B, Baker Street

Era uma casa muito engraçada, até tinha teto, no mais não tinha quase nada. Além das pilhas de colchão e do armário tomado de roupas, livros e bugigangas que levamos no primeiro dia, o chuveiro e a campainha só vieram uma semana depois - antes disso cada uma tomava banho na sua respectiva casa. Em seguida chegou a cortina que cobria menos de dois terços (2/3) da janela. O que nos rendeu noites mal dormidas - nos últimos dias eu saquei minha "viseira" e consegui ganhar alguns minutos a mais de sono no escuro.

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Amarelo Cento e Oito

<i><b>C</b>uidado, meu amigo, não vá se estrepar<br>Não queira dar o passo mais largo que as pernas podem dar<br>Não se iluda com um beijo, uma frase ou um olhar<br>Não vá se perder por aí...<br>Você é bem grandinho, já pode se cuidar e<br>Ir seguindo seu caminho, sempre errando até um dia acertar<br>Mas não tenha muita pressa, vá tentando devagar<br>Só não vá se perder por aí...</i>

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Liquidificador

Tem coisas que a gente não explica, só sente. Viver no Copan é uma delas. É uma construção de valor histórico, tudo bem; mas está mal cuidado, tem um cheiro desagradável em alguns corredores e à noite, meninos rondam o local cheirando cola.

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Pout-pourri de vidas

“Saindo aqui do Copan, é a sua segunda à direita e aí é só seguir tudo reto”, me explicam à porta do edifício de Niemeyer. Sigo meu caminho ruma a tal rua. Cruzo a Sete de Abril, passo a República... “A próxima à direita”, o moço havia me dito.

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O Primeiro Dia do Resto do Nosso Mês

Tudo pronto. Seis pessoas fingindo serem duas (para não desrespeitar o contrato) em uma quitinete. É domingo e até arrumarmos tudo já é noite. Bate a fome e saímos para procurar algum lugar para jantar. As ruas estão bem vazias e, vez por outra, passa um casal gay abraçado. "Aqui é liberado."

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01066-900

12 de março. É estranho depois de tantos anos sem dividir o quarto com meu irmão cair numa quitinete e dividi-la logo com cinco mulheres. Nesse caso, minhas amigas de faculdade. Vinte e seis metros quadrados. Tudo por um projeto que acreditamos ser importante para nós e para a História.

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Agradecimentos

Às nossas<b> mães e pais</b>, que agüentaram as nossas rabugices, apoiaram a idéia maluca que a gente teve de morar por um mês fora de casa num edifício no meio do Centrão de Sampa, fizeram café durante as nossas noites sem dormir, mandaram café da manhã para a gente, levaram a gente para almoçar, deram toques e dicas e ainda nos apoiaram emocionalmente.