Ponto Histórico:
Nossa certidão de nascimento
Os subterrâneos do ponto de origem de São Paulo, atualmente não guardam mais os restos mortais dos jesuítas da época da formação da cidade, mas sim os documentos que marcam seu nascimento. Dentro de uma redoma de vidro, no centro da cripta do Páteo do Colégio estão as cartas escritas pelo Padre José de Anchieta para a Companhia de Jesus - órgão religioso responsável pela administração do trabalhado missionário católico.
Uma bagunça organizada e produtiva
Pincéis, tintas, recortes de figuras em papel, cola, peças de madeira e muita criatividade. Com a ajuda da artista plástica Tetê Figueiredo, Andréia Alves dos Santos e mais 30 adolescentes de classe baixa do Grajaú, periferia de São Paulo, transformam todos esses ingredientes em peças únicas - e muito bem produzidas - que são vendidas na lojinha do Pátio do Colégio.
Apertem os cintos...
<i>Por Mariana Della Barba</i>
O Anúncio no Pátio
Era pra ser só a leitura de um texto em uma missa especial no Pátio do Colégio. Mas o conteúdo era tão vivo e profundo que resolveram encená-lo. Seria apenas por um mês. O resultado, porém, agradou tanto que "O Anúncio" está em cartaz há três meses e já foi encenado em Brasília.
A surpresa mora ao lado
Depois de trabalhar seis anos na Secretaria de Esportes, localizada no Centro, e nunca ter visitado o Pátio do Colégio, Ivete Zardo Santos se diz encantada. "Não sabia que estava tão bonito e bem cuidado."
Pátio de Colégio
Assim chamado porque em 1554 o padre José de Anchieta resolveu, depois de uma longa expedição, que ali era um bom lugar para se construir de uma casa que serviria de alojamento para os jesuítas e posteriormente de colégio para a catequisação dos índios.
História, parede, fêmur, crianças, paciência...
"Oi, meu nome é Eduardo e queria dar as boas vindas a vocês aqui no Pátio do Colégio. Bem, a história..." Debruçados sobre uma maquete que mostra São Paulo de Piratininga em meados do século XVI, cerca de 40 olhinhos atentos prestam atenção na saudação e nas explicações do monitor do Pátio.
Esperança no Pátio
<foto1>Com um misto de indignação e otimismo, o diretor de desenvolvimento do Pátio do Colégio, padre César Augusto dos Santos, relata a importância do lugar e as dificuldades em preservá-lo. "Para uma cidade que se preza, e acredito ser esse o caso de São Paulo, deveria ser dada mais atenção ao Pátio." Afinal, são poucas as cidades do mundo que sabem com tamanha precisão onde nasceram. "E São Paulo sabe que o Pátio do Colégio é seu berço", completa César. O Pátio começou a ser construído após a celebração da primeira missa de São Paulo de Piratininga, em 25 de janeiro de 1554. Quando ficou pronto, em 1º de novembro do ano seguinte, era apenas uma casinha medindo 14 passos de comprimento por 10 de largura, mas foi ela que se transformou em casa e colégio dos jesuítas e, mais tarde, em enfermaria, cozinha, refeitório....