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Para reviver um pouquinho do Centro visto pelos seus personagens.

06/12/2025 24.02 ºC, São Paulo

História, parede, fêmur, crianças, paciência...

"Oi, meu nome é Eduardo e queria dar as boas vindas a vocês aqui no Pátio do Colégio. Bem, a história..." Debruçados sobre uma maquete que mostra São Paulo de Piratininga em meados do século XVI, cerca de 40 olhinhos atentos prestam atenção na saudação e nas explicações do monitor do Pátio.

Ele é Eduardo Luis Lara Fernandes e trabalha há mais de um ano no lugar onde São Paulo começou. Paciente e atencioso com as crianças que visitam o local todos os dias, ele conta que o melhor de trabalhar no Pátio é o contato com as pessoas e a troca de informações que ocorre na monitoria. "Sei muita coisa sobre a história de São Paulo, mas sempre tem alguém me contando algo novo e assim vou aprendendo mais. Além disso, não conseguiria me ver atrás de uma mesa o dia inteiro, gosto de lidar com o público mesmo", conta. Além de prender a atenção do visitante, Eduardo tem também que estar atento às mãos "incansáveis" dos visitantes, principalmente dos mais jovens. Isso porque há muitas relíquias em exposição que, logicamente, não podem ser tocadas. Parte do fêmur e um manto de Anchieta são algumas das principais. Isso sem contar a Parede de Taipa, o mais valioso testemunho da arquitetura - e da história - predominante na época da fundação da cidade. O monitor, que estuda turismo na Faculdade Anhembi-Morumbi, diz que não é tão difícil acompanhar os visitantes pelo Pátio e explicar toda a história da cidade. E ele jura que só perdeu a paciência com as crianças uma vez . "Enquanto eu falava sobre as obras, um menino insistia em desamarrar meu tênis e amarrar um cadarço no outro. Ah, não agüentei, dei uma bronca daquelas no moleque."

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