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Para reviver um pouquinho do Centro visto pelos seus personagens.

06/12/2025 ºC, São Paulo

Ponto Histórico:

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Passado Vivo

<foto1>Andar pelo Centro já é uma viagem pelo Túnel do Tempo – como a agência Circuito São Paulo apelidou os passeios guiados que realiza pela região –, mas a intensidade dessa sensação é triplicada quando personalidades das origens da cidade vêm até você apresentar a sua história. "Não gosto muito do modelo tradicional de excursão em que se fala um monte de datas e nomes, mas no fim do caminho os participantes não fixaram nada. Então achei que, se os personagens aparecessem para dar um depoimento, o passeio ficaria mais interessante”, conta Aldo J. Almeida, diretor comercial da agência e inventor do que ele chama “circuito vivo".

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Material raro

Rua Roberto Simonsen, 136, Centro. Além de abrigar o Solar da Marquesa de Santos, este também é o endereço da Divisão de Iconografia e Museus, um acervo fotográfico da cidade, que retrata a São Paulo e suas transformações urbanas nos últimos 140 anos.

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A destruição do velho e a construção do novo

Rua Líbero Badaró, antigo prédio da Câmara Municipal. Este endereço no Centro velho de São Paulo faz parte das recordações de infância vividas pelo paulistano Agenor Balbour Jr., nascido na rua Joaquim Eugênio de Lima, na região dos Jardins.

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Solar da Marquesa

O Solar da Marquesa é o único remanescente da arquitetura urbana em taipa de pilão da capital paulista. Por apresentar características arquitetônicas semelhantes às do século XVIII, supõe-se que o sobrado tenha sido construído na última metade daquele século. Da rua se avistava da várzea do Carmo, hoje Parque Dom Pedro 2º, até a serra da Cantareira, daí seu nome de origem que permanece, embora não seja possível vislumbrar mais a vista. <foto1>Em 1834, o solar foi adquirido pela senhora D. Maria Domitília de Castro Canto e Mello, a Marquesa de Santos. Na época, foi considerado como uma das residências mais aristocráticas de São Paulo, chegando a ser chamado de Palacete do Carmo. No entanto, o último exemplar de arquitetura residencial urbana do século XVIII passou por inúmeras mudanças de uso e diversas reformas, aumentando o seu tamanho original. Presume-se que o estilo neoclássico date da segunda metade do século XIX e que os anexos tenham sido construídos durante as décadas de 30 e 40 deste século. Em 1975, o solar passa a sediar a Secretaria Municipal de Cultura. Nove anos depois, por motivos de segurança, o sobrado foi submetido a inúmeras restaurações, que envolveram um trabalho especializado de prospecção arqueológica, consolidação e restauração das paredes de taipa, pinturas, murais, portas, janelas, pisos, forros, fachadas, cobertura e iluminação.

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Centro velho: início de uma potência

De certo modo, a vida profissional de Arzelinda Maria Lopes sempre esteve focada nas questões sociais. Pedagoga de formação, fez carreira na Prefeitura de São Paulo, lugar onde trabalhou por 17 anos ininterruptos. Coincidentemente, os locais de trabalho por onde passou durante todos esses anos estavam localizados na periferia da cidade.

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Todo dia ele faz tudo sempre igual

<foto2>Numa manhã de segunda-feira, num daqueles dias chuvosos em São Paulo, estava marcada a entrevista com o Seu Antônio, o marceneiro do Solar da Marquesa. Na segunda, o Solar fica fechado para o público porque é o dia da limpeza, mas para o marceneiro é só mais um dia de labuta. Antônio Dias Pinto é funcionário do Solar há 22 anos e, desde então, o que mudou em sua rotina de trabalho foi o percurso que faz todos os dias de sua casa na zona leste ao Centro da cidade. “Antes do metrô eu pegava um ônibus só até o Centro. Depois que abriram o metrô, o ônibus era até à Estação Tatuapé e, de lá, para a <a href="/catedraldase" target="_blank">Praça da Sé</a>. Depois, passei a tomar o trem e o metrô. Hoje pego a perua até a estação Guilhermina-Esperança. Faço isso para sair da rotina”, explica.