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Para reviver um pouquinho do Centro visto pelos seus personagens.

06/12/2025 ºC, São Paulo

Ponto Histórico:

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Quando você é o seu Super-Homem...

Na época em que eu andava de moto, meu tio - que também era motoqueiro - sempre dizia: "Quando você achar que está pilotando muito, deixe sua moto na garagem por uma semana, se não, você vai tomar um tombo daqueles". O que ele queria dizer é que o excesso de confiança tem conseqüências gravíssimas.

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Joelma e Andraus

Os edifícios Joelma e Andraus entraram para a história de São Paulo pelas tragédias das quais foram cenário. Pegaram fogo respectivamente em 1972 e 1974, ambos em fevereiro. Pela semelhança dos acontecimentos e proximidade espacial e temporal, deixaram a cidade traumatizada por algum tempo. Acabaram expondo as feridas escondidas pela cidade e mostraram perigo que muita gente corre diariamente sem saber. Infelizmente não serviram de lição definitiva da importância da segurança nos edifícios. Prova disso é que continuam ocorrendo tragédias semelhantes, frutos da negligência, do comodismo e da incompetência.

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"Não somos heróis"

No dia 24 de fevereiro de 1972, Edson Faroro, então bombeiro do Batalhão da Praça Clóvis (Centro), foi designado para ir até o Banespa para trocar a lâmpada vígia (a luz vermelha que os prédios têm no topo como sinalização para aeronaves). “Como os bombeiros estão familiarizados com altura, eles são muitas vezes requisitado para esse tipo de serviço”, conta.

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Coragem sob fogo

"How can I help you?" Foi com essa pergunta e um enorme sorriso que Lu Carvalho, 73 anos, me recebeu na sala de sua casa, no alto de Pinheiros, se desculpando pelo atraso em me atender. "Estava acabando de almoçar", disse com seu delicioso sotaque piauiense.

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O dia em que o Centro parou

<foto2>No dia 1º fevereiro de 1974, a Câmara Municipal de São Paulo retomava suas atividades depois do recesso de fim de ano. Orlando Augusto Pinto, que então estava completando quatro meses trabalhando lá, conta que “os militares queriam ver a política parada o máximo que pudessem. Por isso os recessos eram grandes". Naquele dia, ouvindo rádio antes de ir para o trabalho, soube que havia um incêndio no Centro da cidade. “Mas não prestei atenção, não sabia direito onde era. E o Joelma é vizinho da Câmara.” Ele morava na Avenida Rangel Pestana, no Centro, e ia a pé para o trabalho. “À medida em que me aproximava do local, a confusão aumentava nas ruas e nas calçadas.”