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Para reviver um pouquinho do Centro visto pelos seus personagens.

06/12/2025 24.02 ºC, São Paulo

No caminho inverso da Berrini

Na contramão da maioria das empresas que tinham escritórios no Centro e estão se mudando para outras partes de São Paulo – principalmente para a região das avenidas Paulista e Luis Carlos Berrini –, a Asyst Sudamérica veio da Berrini para o Centro. A empresa é especializada em help desk e presta serviços para organizações como Johnson & Johnson e Sesi/Senai. “A idéia de mudar para o Centro foi expandir os serviços de suporte remoto a vários clientes. Como atendemos diversas partes do Brasil, nada melhor do que plantar essa central no coração de São Paulo”, explica Sibelle de Freitas, assessora de comunicação e marketing da companhia. “Os programas de recuperação do Centro contribuíram bastante para a decisão. E os funcionários parecem ter aprovado”, complementa. Moradora do bairro do Limão, zona norte da cidade, Sibelle aprovou a mudança. “Além do fácil acesso, aqui se encontra de tudo – bancos, cabeleireiros, uma infinidade de lojas e serviços, sem contar a diversidade de pessoas e os espetáculos de rua. Cada dia que saio para almoçar, vejo um fato diferente”, conta. Ela diz ainda que, quando souberam que o escritório mudaria da Berrini para o Centro, amigos e familiares já fizeram as listinhas de “encomendas”. “Eles sabem que no centro a gente encontra de tudo”, explica. “Quando informaram que a empresa ia mudar, a primeira coisa que pensei foi na 25 de Março.” Sibelle considera o Centro um lugar clássico, cheio de história, mas acha “uma pena que a correria dos paulistanos, o trânsito, a poluição e até mesmo a miséria apaguem o brilho da paisagem”. Ela ainda aponta o mau cheiro como uma desvantagem. “Apesar de ter melhorado bastante com a vinda da Prefeitura para o ‘Banespinha’, ainda é desagradável passear pelo Vale do Anhangabaú. Muitos indigentes que vivem na região contribuem para sujar as praças e monumentos. Eu não tenho coragem de sentar num banco de praça. Talvez a solução, a curto prazo, seja aumentar a fiscalização e, a longo prazo, dar condições para essas pessoas viverem dignamente”, sugere. (30/08/2004)

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