Casamento rock'n'roll

Quando Célia e Lucio resolveram se unir, decidiram por colocar um pouco de sua personalidade na cerimônia, musicalmente falando. “No casamento em si não deu pra inovar muito, pois o Mosteiro de São Bento é bastante rígido com relação a isso e só permite a execução de temas ‘sacros’”, conta Celia.
Mas compensaram na festa. Fã de rock, o casal proibiu qualquer incursão por outros estilos, como os pagodes da moda e as “mais pedidas” das rádios populares. Mesmo com o apelo do DJ, que insistia que os convidados gostariam e se animariam com tais músicas, eles foram irredutíveis.
“Para você ter uma idéia, entramos na Casa de Portugal, onde foi a festa, com a versão instrumental de One, do Metallica, tocado pelo Apocalliptica. E o máximo que permitimos para agradar foram roquinhos antigos”, conta ela.
O casamento em si foi mais tradicional até pelo fato de ser a realização do sonho de uma mulher. “Desde que conheci o Mosteiro, num passeio cultural promovido pelo Borboleta Violeta Estúdio em 1993, tive vontade de casar lá, mesmo não tendo um pretendente na época”, brinca.
Ela conta que, quando entrou na igreja, o local parecia muito maior do que realmente é. “Sou extremamente tímida e fiquei nervosa com todo mundo olhando para mim, mas eu faria tudo de novo”, revela Celia. “É uma emoção única, você vira o centro da atenção. Acho que toda mulher deveria passar por isso uma vez na vida.”
Outro dia, num dia de rodízio de seu carro, Célia aproveitou para assistir pela primeira vez a uma missa no Mosteiro, às 7h. Fora do centro das atenções, ela pode prestar atenção a diversos detalhes que ainda não havia reparado e perceber a igreja do tamanho que ela realmente é.
(16/05/2004)