Turismo pelo Centro

Opção de programa é o que não falta em São Paulo, qualquer dia que seja. Quem vem do interior do Estado, e está acostumado com um ritmo mais tranquilo e menos diversidade, pode ficar até perdido entre as alternativas. Mas este não foi o caso de Gustavo Taube quando levou a namorada Fabíola Magalhães Bastos - os dois da cidade de Taubaté - para passar o fim de semana na capital.

Ela só tinha estado em São Paulo para cursos, congressos e compras na José Paulino. Ele, já tendo morado aqui, entre 1992 e 2002, e trabalhado no Centro não teve dúvidas que era por esta região que Fabíola deveria ser apresentada ao lado turístico da grande cidade. O sábado começou cedo: às 9h30 Gustavo e Fabíola colocaram o pé na rua no bairro da Aclimação em direção ao Centro. Afinal, para conhecer a região essa é a melhor maneira. E o café da manhã abriu em alto estilo o passeio às origens da cidade. A padaria escolhida foi nada menos que Santa Tereza, que tem mais de 200 anos. O próximo ponto no roteiro foi uma parada no Pátio do Colégio - uma olhada pra parede mais antiga da cidade e a vista do que era um grande pântano e hoje comporta muitos prédios, avenidas e viadutos. Passar pelo altos e suntuosos edifícios do centro financeiro, dar uma volta no Shopping Light, atravessar os Viadutos Santa Ifigênia e do Chá, tomar um chá gelado no Rei do Mate (rede de loja que surgiu na região) e até aproveitar as promoções de fim de estação pra fazer umas compras logo depois de ver o Teatro Municipal... Fabíola viu de tudo um pouco, só lamentou que muitos lugares só pudessem ser vistos de fora já que no fim de semana nem tudo está funcionando ou aberto pra visitação. Já Gustavo, ficou realmente impressionado com a diferença que fizeram as últimas reformas de revitalização. "Quando trabalhei no Bank Boston, no Vale do Anhangabaú, de 1999 a 2000, podia ver da janela o Edifício Martinelli. E lá ouvi falar que a casa do comendador era uma reprodução do Palácio de Versailles", conta. Verdade ou mais uma lenda como a da Loira? Não há provas. Mas boa parte do charme do Centro também é feita das histórias não comprovadas e, mesmo assim, sempre repetidas. (31/08/2003)