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Para reviver um pouquinho do Centro visto pelos seus personagens.

06/12/2025 25.35 ºC, São Paulo

Uma ponte entre dois mundos

Na época em que Ana Flávia Bezerra era uma freqüentadora esporádica do Centro costumava passear na região da 24 de maio, na Galeria do Rock, rua Barão de Itapetininga, na Praça da República... Depois que começou a trabalhar lá, há cerca de dois anos, se deparou com um ambiente totalmente diferente. "São dois mundos ligados pelo Viaduto do Chá. Do lado onde estou hoje, sinto mais o Centro Velho nos tempos de ouro da região - o Pátio do Colégio, a , entre tantos outros. Neste pedaço tem mais empresas e elas investem mais para conservar esse aspecto. E as pessoas que circulam aqui são mais executivos, engravatados e turistas. Já do outro lado, o ambiente é mais misturado: o pessoal do rock, do rap, do sampa, um monte de camelôs", compara.

Antes de descobrir esses dois mundos, Ana Flávia trabalhava no Jaguaré. "Era do lado da Cidade Universitária (USP). Nem saia para almoçar. Vivia numa ilha!", comenta. Quando começou a trabalhar na Associação Comercial de São Paulo, na rua Boa Vista, em pleno Centrão da cidade sua vida ficou mais movimenta. "O Centro é supervariado. Nunca fiquei entediada lá. Se você quiser, não precisa repetir o restaurante na hora do almoço por um mês, pelo menos." E é isso que ela costuma fazer: variar! Mas, para sua turma de trabalho, existem duas tradições sagradas que não mudam nunca: o almoço de quarta-feira com feijoada no Dodô Chopp e o happy hour de sexta-feira, no Café Girondino. "O Dodô é o espaço carioca em pleno Centro de São Paulo. O dono é do Rio de Janeiro e o ambiente tem muito a personalidade dele" E quem pensa que, por isso, o público é reduzido, tá enganado. "Fica lotado. Temos que chegar cedo para poder pegar lugar." E, mesmo freqüentando o Centro todos os dias, Ana Flávia não se cansa da região. No fim de semana ela também passeia por ali, de vez enquanto. Curte as atrações do Centro Cultural Banco do Brasil e gosta de visitar o Mosteiro São Bento. "Aquele lugar é uma das coisas mais lindas que já vi nessa cidade." Da última vez que esteve ali ocorreu um epsódio do qual não se esquece. "Tinha um camelô vendendo leques e de repente ele começou a lutar Kung-Fu. Ele nem era oriental, tinha traços nordestino. Deu vários golpes e ficava falando o quanto adora essa arte marcial. Foi muito engraçado." Analisando mais a fundo: um personagem unindo diferentes mundos. (02/03/2003)

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