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Para reviver um pouquinho do Centro visto pelos seus personagens.

06/12/2025 25.35 ºC, São Paulo

Doces e paixão pelo ser humano

Cocada branca, cocada queimada, brigadeiro, doce de leite, espera-marido e muitos outros tipos de delícias açucaradas feitas com jeitinho de avó. Deu água na boca e vontade de experimentar tudo? Essa é a sensação de quem chega à barraca do Obeny, na Feira de Artesanatos de domingo da Praça Júlio Prestes. "Vocês vieram à pior barraca da feira", brinca o doceiro, quando chegamos para tentar descobrir o segredo de seus quitutes. Ele revela: "sou um ser humano apaixonado pelo ser humano. Quero que todo mundo que vem à minha barraca saia daqui feliz. Só vendo doces que eu provo e gosto." Os fregueses que chegam à barraca de Obeny são recebidos com carinho e um sorriso que não sai de seu rosto. Também podem experimentar quantos doces quiserem. "Quero que as pessoas tenham certeza de que vão gostar do doce que escolheram. De repente ela vê um que acha que vai gostar e quando come se decepciona." Ele vende guloseimas desde 1978, quando começou a trabalhar na feira de artesanato da Praça Benedito Calixto (Pinheiros), que acontece aos sábados e onde está até hoje. "Mas antes de tudo isso, levei uma amostra de cada doce ao instituto Adolpho Lutz para um teste de qualidade. Tenho todos os laudos." Nascido em Pirajuí (interior de São Paulo), Obeny aprendeu a fazer doces com a avó quando ainda era criança. "O primeiro que fiz foi brevidade." Depois se mudou para a capital e trabalhou como funcionário de uma automobilística durante mais de trinta anos. Assim que pediu a aposentadoria, resolveu se dedicar a sua atividade favorita. "Quando as pessoas fazem o que gostam, fazem com prazer e o dinheiro é apenas uma conseqüência. Rezo para que todos os seres humanos descubram seus dons, pois só assim podem ser felizes." (17/11/2002)

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