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Para reviver um pouquinho do Centro visto pelos seus personagens.

06/12/2025 25.35 ºC, São Paulo

Doces tempos

Nos anos 40, muitas famílias italianas entraram em navios que partiam para a América do Sul. Além de expectativas, duas delas trouxeram na bagagem algo mais: muitas receitas de doces aprendidas em Nápoles e na Sicília. Os Garrone e os Bongianni chegaram a São Paulo em 1947 e abriram sua primeira confeitaria em 1951, na rua Dom José de Barros -- próxima à Ipiranga com a São João. Começaria aí a fama da Dulca que, alguns anos mais tarde, em 1959, abriu uma filial na avenida Dr. Vieira de Carvalho, perto do Largo do Arouche. A Doceria e Confeitaria Dulca (que, em latim, quer dizer "doce") apresentou aos paulistanos da década de 50 os primeiros petit-four e bombas de chocolate da cidade. Famílias inteiras tinham o costume de se deslocar de outros bairros para sentar nas mesinhas espalhadas na calçada e saborear mousses de chocolate, tortinhas de morango, merengues e canudinhos recheados com chantilly. No decorrer dos 50 anos que se passaram desde a inauguração da primeira loja, a família expandiu sua rede e alimentou a imaginação de crianças --hoje, adultos-- que ficavam encantadas com as delícias expostas em suas vitrines. Em fevereiro de 2002, mais uma filial foi inaugurada. Desta vez, no quinto andar do Shopping Light. "O Centro é o coração da cidade. Decidimos abrir a nova loja num local que está crescendo, pois o processo de revitalização tem tudo para dar certo e queremos fazer parte desse sucesso", afirma Bruno Negrini, sócio-proprietário. "Desde que sou criança como os doces da Dulca", diz João Ribeiro Campos, concessionário da doceria. "Temos clientes há 50 anos, cujos bolos de aniversário eram encomendados na confeitaria." Mas o público mais jovem também parece ter gostado da novidade no Shopping. João conta que "os adolescentes estão adorando, principalmente os sorvetes, que são artesanais." Além da tradicional caixa de bombons, a doceria preparou para a Páscoa ovos de 20 reais e até cestas decoradas por 35 reais. Já os coelhinhos de pelúcia que carregam ovos de 100 g saem por R$ 9,90. "Acredito que a integração entre o Shopping e os lojistas faz a grande diferença. Até o momento a Dulca já registrou um aumento de 50% nas vendas em relação à primeira semana de atividade. Estou surpreso com este índice. Ele é bem maior que o esperado, principalmente porque esta é a primeira Páscoa que passamos no Shopping Light", conclui João. Em se tratando da Dulca, dá para entender o sucesso. Como disse a senhora Anna Maria Garrone Negrini, filha do fundador da doceria, as receitas que seu pai anotou em um livro, no comecinho do século 20, continuam sendo seguidas à risca pelos confeiteiros. E quem não quiser ovos de páscoa pode comer panetone. Porque, nessa doceria, eles também são vendidos durante o ano inteiro. (26/03/2002) Serviço:
Dulca Shopping Light
Praça de Alimentação, loja 429/430. Tel.: 3255-2507

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