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Para reviver um pouquinho do Centro visto pelos seus personagens.

06/12/2025 25.35 ºC, São Paulo

Começar de novo

Atrasada, como sempre. No dia seguinte à estréia, cheguei em cima da hora para assistir à nova montagem de "Os Lusíadas". O palco, que era um corredor para simular o mar por onde a nau passava, se transformou em uma plataforma de metal. Entre outras mudanças. Confira!

"Os Lusíadas" de novo. Pois é, a produtora teatral Ruth Escobar achou que a primeira versão do espetáculo que ela mesma havia montado não era adequada para viajar para Portugal, onde tem apresentações marcadas para os dias 17 de janeiro (Porto) e 22 de janeiro (Lisboa). Então investiu R$ 2 milhões em uma nova, "feita a partir do zero", com direção de Marcio Aurélio, em cartaz no mesmo espaço da Estação Júlio Prestes. O palco, que antes era uma espécie de corredor para simular os "mares nunca dantes navegados", se transformou em uma plataforma de metal e molas, imitando o convés do navio em meio ao oceano. A adaptação para a linguagem teatral, feita por Valderez Cardoso Gomes, também recebeu modificações. O enfoque ficou voltado para as terras estrangeiras pelas quais os marinheiros vão passando e o exotismo desses povos. O que permaneceu igual é a roubada de cena que o narrador (desta vez interpretado por João Carlos Andreazza) dá no personagem de Vasco da Gama (vivido por Eduardo Conde). São versos e mais versos declamados com mais força, cheias de "histórias de um escrivão que viaja muito pelo mundo" para contar. É ele quem dá o molho da peça, segurando a atenção do espectador. A viagem de Vasco da Gama em busca do caminho para as especiarias da Índia vai sendo recontada pela ótica das terras descobertas. Como prêmio pela coragem do povo português, a deusa Vênus concede ao navegador a visão do futuro, em que Portugal encontra uma nova terra. "Chame-a de Santa Cruz", diz uma ninfa. Assim, nascia o embrião do nosso Brasil. (14/11/2001) Serviço:
OS LUSÍADAS
Produção: Ruth Escobar
Direção: Marcio Aurélio
Horários: quartas, quintas e sextas, às 20h30; sábados, às 21h; domingos, às 19h. Até 23 de dezembro
Quanto: R$ 30 e R$ 40 (estudantes pagam meia)
Onde: Sala Estação das Artes do Complexo Júlio Prestes (Praça Júlio Prestes, s/nº, tel. 3361-2379)

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