Cores e perfumes

Até 20 de outubro, o Centro estará mais colorido e perfumado. É a Expo Holambra, que acontece na Praça de Eventos do Shopping Light. “Fazemos a feira de flores aqui no Centro há oito anos, sempre no começo do ano e na primavera. Temos um público fiel e especial, que sempre nos liga par saber quando vamos voltar”, afirma Isabel Renzo, coordenadora do evento. “Parece que aqui as pessoas valorizam mais esse tipo de evento porque é um lugar onde você não vê muitas flores.”
O evento começou a ser realizado no prédio da Secretaria de Estado de Juventude, Esporte e Lazer, que fica na rua Antonio Prado, em frente à Bolsa de Valores. Ali, tornou-se uma feira tradicional, “a mais esperada do ano”, segundo Isabel, especialmente entre as pessoas que trabalham nos bancos da região e na Bolsa. “Depois fizemos algumas edições no Sindicato dos Bancários, na Rua São Bento, e este ano fomos convidados pelo Shopping Light.”
Isabel organiza exposições de flores o ano inteiro, em diversos locais de São Paulo e algumas outras cidades. Por isso, conhece bem os consumidores e afirma que as plantas mais procuradas são as orquídeas, violetas e begônias. “Ultimamente, a procura por cactos aumentou bastante, principalmente em São Paulo. Talvez porque aqui as pessoas não tenham muito tempo e procurem uma planta mais prática. O cacto você rega uma vez por mês e pronto, ele está sempre bonito.”
Até nove anos atrás, ela trabalhava como contato publicitário em uma rádio de Campinas, onde morava. “O trabalho com as flores foi meio natural, pois minha família trabalha com isso”, diz. “Meu irmão organiza a Expo Flora, minha irmã faz decorações de ambientes e meu cunhado é atacadista.”
Hoje, Isabel tem um apartamento no Sumaré onde mora com seus três filhos. “Brinco que visito minha casa, pois estou sempre viajando com essas exposições. Dos meus filhos, o único que se interessa em trabalhar com flores é o do meio, que tem 18 anos. Como ele ainda está fazendo colegial, não quero que ele trabalhe com isso ainda porque é uma vida cansativa e de muita dedicação. Não é só vir aqui e montar, tem que atender o público, explicar, conhecer cada espécie, limpar e regar as plantas”, diz. “Mas não reclamo de tanta correria porque amo o que faço.” (07/10/2001)