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Para reviver um pouquinho do Centro visto pelos seus personagens.

06/12/2025 28.81 ºC, São Paulo

No balanço do mês

Passados quase dois meses de sua abertura, no dia 21 de abril, o Centro Cultural Banco do Brasil faz um balanço de sua atuação na cidade. A primeira fase da programação, denominada Metro - A Metrópole em Você, termina no próximo dia 24 com saldo positivo.

Segundo seu curador e idealizador, Marcello Dantas, “a idéia era mapear as consequências do meio urbano denso da metrópole sobre o indivíduo e identificar a expressão de várias artes sobre a questão urbana”. “Queríamos despertar no público inquietação, discussão, o aguçamento da percepção e, se sobrasse tempo, até alguma reflexão.” Para tanto, a mostra investiu na diversidade cultural, explorando teatro, cinema, artes plásticas, conferências e shows. “Afinal, um centro cultural deve ser multidisciplinar em primeiro lugar”. “Meu trabalho sempre foi assim. Trabalho com idéias e não com mídias específicas. Gosto de usar o suporte e o talento adequado para traduzir conceitos gerais. No CCBB, o projeto foi uma articulação de diversidades na tentativa de estabelecer um discurso.” Para definir os participantes da mostra de abertura do CCBB, primeiramente foi escolhido um time curatorial para cobrir os diferentes setores. “O artista plástico Tunga foi um dos cogitados para a obra principal desde o início. Sua obra de grandes proporções e capacidade aglutinadora era adequada para estabelecer um discurso impactante. A idéia era estabelecer uma posição contemporânea clara”, conta Dantas. No dia 19 de maio, teve início a última parte da mostra. Com coordenação de Katia Canton, áreas vizinhas ao prédio foram ocupadas por intervenções públicas criadas por jovens artistas. “Essa é uma parte importante do projeto: ver a produção cultural transbordar para fora do Centro e disputar o espaço da cidade, com uma intenção reflexiva, diferente da dos transeuntes”, diz Dantas. Para o videomaker, há uma lógica do caos nos grandes centros urbanos, especialmente no Centro paulistano. “O caos é a ordem superior às ordens políticas. Quando a política se ausenta, o caos se apresenta. Ele pode ser bom e ruim. No Centro de São Paulo, se vê uma sobreposição de ordens que criam uma trama que sugere o caos”, afirma. Mas o futuro ainda é um segredo. Dantas, que também fez a curadoria da exposição dos 50 anos de televisão, em cartaz na Oca até o mês passado, no parque Ibirapuera, prefere não comentar seus planos: “Não costumo falar sobre projetos antes que aconteçam”. E deixa um gostinho de “causo” inacabado ao falar sobre os fatos inusitados que aconteceram durante os preparativos da abertura do CCBB. “Foram muitas e incontáveis histórias...” (09/06/2001)

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