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Pinacoteca abre a casa para Exu
"Laróyè" é o nome do novo livro do fotógrafo baiano Mario Cravo Neto e da exposição de 20 imagens no Bravo Café do Ramos, na Pinacoteca do Estado. As 141 fotografias coloridas contidas no livro saíram de uma série de cerca de 300 mil negativos produzidos durante 20 anos.
O termo yorubá "laróyè" é uma saudação ao orixá Exu, a quem o livro do fotógrafo é dedicado (leia poema-dedicatória abaixo). "Apresento imagens do corpo do homem baiano nas suas diversas atividades de trabalho ou recreativas, nas praias, nas feiras populares e nas ruas de Salvador, imagens que estão aliadas a questão da manifestação simbólica do Exu Bara", diz o fotógrafo e artista plástico, que nasceu em 1947 na cidade de Salvador, onde hoje vive e trabalha.
Também continua em cartaz a arte transfigurada de cinco artistas dinamarqueses na mostra "Eyegoblack". A exposição ocupa o octógono e mais três salas climatizadas do museu com 25 obras - entre pinturas, objetos, instalações e esculturas - de Michael Kvium, Niels Bonde, Marco Evaristti, Erik Frandsen e Christian Lemmerz. As peças fazem uma metáfora com sentimentos como a angústia e a paixão.
E até o próximo milênio pode-se ver a exposição "Arpad Szenes - Vieira da Silva, Período Brasileiro". São 98 obras, desenhos e pinturas, que o húngaro Szenes (1897-1985) e a sua mulher, a portuguesa Maria Helena Vieira da Silva (1908-1992), produziram no período de refúgio da Segunda Guerra Mundial. (28/12/2000)