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Para reviver um pouquinho do Centro visto pelos seus personagens.

06/12/2025 26.28 ºC, São Paulo

3h42 em Nova York, 8h42 em Londres, 5h42 no Santa Ifigênia...

A tarde era de festa. Havia música, muita gente, um agito. O prefeito Celso Pitta passou por lá rapidamente, pura formalidade. Paulo Roberto, de 28 anos, estava acabando de chegar e se espantou com tanto movimento. Era a reinauguração do Viaduto Santa Ifigênia, e o recepcionista do Hotel São Paulo Inn estava na cidade há poucas horas.

Ele pisava no Centro da cidade pela primeira vez. Estava indo conhecer o local onde começaria a trabalhar no dia seguinte. Paulo é empregado da rede hoteleira que administra o hotel –-Best Western-– há dez anos, mas isso em Ribeirão Preto, interior do Estado. "Decidi vir para São Paulo por opção pessoal, acho que aqui tenho mais chances de crescer na profissão." Paulo conta que logo que mudou, estranhou bastante a cidade, "o monte de gente andando junto", mas agora já se acostumou. "Sabe que eu tô gostando pra caramba de trabalhar no Centro?", disse. "É bem melhor aqui do que onde moro, lá na zona leste. É mais agitado." O recepcionista afirma gostar de "entender as coisas" e estudar um pouco de história. Ele conta com orgulho que sabe que antigamente o hotel pertencia ao Exército brasileiro e que foi inaugurado em 1930. "Bem depois do Viaduto, em 1913", disse. "Se sei mais alguma coisa sobre o Santa Ifigênia? Sei que todo esse ferro amarelo aí veio do estrangeiro." E Paulo está certo: as mil toneladas de ferro usadas para construir o Viaduto foram trazidas da Bélgica. Os horários malucos que trabalha no hotel e o trânsito da cidade são as únicas reclamações de Paulo. "Às vezes começo às seis da manhã, às vezes, às onze da noite." Mas ele brinca dizendo que o bom é que assim ele conhece as pessoas que trabalham no Centro em todas as horas do dia ou da noite.

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