Amigo do Centro

Rua Rego Freitas, rua Pamplona, alameda Santos, avenida Ipiranga... “Pulei de galho em galho durante um tempão”, diz Fábio Arthur Dias, referindo-se à época em que deixou a família em Araçatuba, no interior do Estado, e veio fazer faculdade de Relações Públicas em São Paulo.

“Morei em casa de amigos, parentes, pensionatos...”, diz. Foi em 1995 seu primeiro contato com o Copan. “Um amigo me convidou e pude morar no prédio, num apartamento de frente, no 24° andar”, recorda-se. Cerca de um ano mais tarde, conseguiu seu próprio canto: “Quando fiquei sabendo que tinha uma quitinete para alugar no último andar, fiquei louco pra vir morar aqui”. O apartamento de 26 metros quadrados no 32° andar ganhou uma reforma no piso e teve uma antiga divisória retirada. “Assim, tive um abatimento no valor do aluguel”, conta Dias. “O que mais me atraiu foi principalmente a praticidade, porque não preciso de carro para ir trabalhar”, ressalta. “Além disso, a maior parte dos teatros está no Centro”. Fábio diz que nunca teve problemas com violência. “Perdi todo o preconceito, nunca fui assaltado por aqui”, diz. “Sem neuras”, completa. Regada ao som de Bebel Gilberto, nossa conversa termina ao cair da tarde. A vista que o assessor de imprensa tem da janela vale alguns momentos de contemplação – e de recordações dos tempos em que trabalhávamos juntos. Mas nossa alegria durou até São Pedro dar o ar de sua graça e batizar a cidade com o que mais lhe é peculiar: uma bela garoa.