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Para reviver um pouquinho do Centro visto pelos seus personagens.

06/12/2025 25.35 ºC, São Paulo

Moeda, coin, moneta...

Em 1747, na República Ragusa (atual Croácia), a moeda utilizada era o Talero. Só um estudo bastante aprofundado poderia determinar o que dava para comprar com 1 Talero naquela época. Mas hoje, no Brasil, a moeda custa R$ 250. Ou seja, se tivesse valor de mercado, ela poderia ser usada, por exemplo, para a aquisicão de um mini-system com CD ou o pagamento do aluguel de uma quitinete no Edifício Copan.

Para um numismático (pessoa que coleciona moedas), como Edgar Andersen, possuir uma peça dessas – que é bastante rara - é um privilégio. É uma das moedas mais caras na banca que ele monta todos os domingos na Praça da República. “Coleciono há 40 anos e hoje tenho cerca 15 a 20 mil itens, entre moedas e notas”, revela. A paixão começou como um simples hobby, logo depois que Edgar chegou da cidade de Alfredo Wagner, em Santa Catarina. Ele trocava as moedas e notas com outros colecionadores que se reuniam com seus catálogos ali mesmo, na praça. Descendente de holandeses, italianos, argentinos e dinamarqueses, Edgar ficou em Alfredo Wagner até os 21 anos, trabalhando na roça com seus nove irmãos. Em busca de melhores condições de vida, ele veio para São Paulo, onde abriu uma confecção na Rua 25 de Março. Quinze anos depois ele percebeu que sua coleção estava bastante grande e resolveu negociar as peças repetidas. “Não tenho um público muito definido. Os compradores desde as crianças que acham legal uma ou outra moeda até os colecionadores mesmo, daqueles que buscam itens para fecharem suas séries”, diz Edgar. O numismático lamenta que os expositores tenham sido proibidos de se reunirem na praça em si, por uma medida da Prefeitura. Hoje eles se reúnem na Avenida Ipiranga em frente ao Hotel Hilton. “Depois que fomos obrigados a sair de lá, o movimento caiu bastante. Você pode ver que não há tantos expositores como antigamente”, observa.

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