Vuco-vuco

Antes de se tornar o Shopping Light, o edifício de 15 mil metros quadrados chamava-se Alexandre Mackenzie, em homenagem a Sir Alexander Mackenzie, vice-presidente da empresa durante o período da instalação da companhia no Brasil. Durante a reforma, o Shopping ganhou uma área anexa com 10 mil metros quadrados - e cerca de 200 lojas. "Gosto demais daqui, adoro esse vuco-vuco", ressalta Alciléa Lopes, gerente de uma perfumaria, referindo-se ao movimento intenso. Há quatro meses, a paulistana abriu uma franquia da Chlorophyla no terceiro pavimento do Shopping Light. A loja de perfumes conhecida há 14 anos na região Nordeste do país ainda é novidade no Centro de São Paulo. "O público nordestino daqui já conhece", diz a gerente, explicando que o ponto forte da loja são os preços acessíveis. Durante a semana, Alciléa recebe as pessoas que trabalham na região. Aos sábados, quem costuma freqüentar a loja são moradores do Centro e alguns turistas acompanhados de guia, que vão ao Shopping Light conhecer a construção, tombada em 1984, que foi sede da São Paulo Tramway, Light and Power Co. - a Light - e já abrigou o Teatro São Pedro (que atualmente fica na Barra Funda, zona oeste de SP). "Sempre achei o prédio maravilhoso e gostei muito da idéia de preservá-lo", comenta. "O Centro é o termômetro do país - aqui temos uma amostra da situação econômica e social brasileira. Convivemos com executivos e até com mendigos, com quem fazemos amizade", observa. Ultimamente, é o filho de Alciléa quem anda descobrindo os encantos do Centro. "Ele adora música e não sai da Galeria do Rock", conta.